O Hino Nacional é um dos quatro Símbolos Nacionais Brasileiros, juntamente com a Bandeira Nacional, as Armas Nacionais e o Selo Nacional, determinados pela Constituição Federal.
O nosso hino é composto pela música de Francisco Manuel da Silva e pelo poema de Joaquim Osório Duque Estrada. A música é muito anterior a letra, pois foi tocado por mais de cinquenta anos, sem letra, porém, sempre reconhecido pela melodia . Não se sabe ao certo se foi tocado pela primeira vez em 1822, ou 1831 mas, sem dúvida, até hoje é a música mais executada em solenidades especiais.
Com o advento da República, foi aberto um concurso para a criação de um novo hino, embora o Marechal Deodoro da Fonseca, através do Decreto nº 171, de 20 de Janeiro de
1890 tenha reconhecido aquela melodia que já vinha sendo executada como Hino Nacional
Brasileiro, porém sem letra. O hino vencedor do concurso, de autoria de Leopoldo Miguez e Medeiros e Albuquerque foi adotado como Hino da Proclamação da República. Seguiram-se várias tentativas de elaboração da letra para o Hino Nacional. Só em 1909 é que apareceu o poema de Joaquim Osório Duque Estrada, versos que se ajustava com perfeição à melodia já consagrada. Não era ainda oficial. Tanto que, sete anos depois, ele ainda foi obrigado a fazer 11 modificações na letra. Na época Duque Estrada ganhou 5 contos de réis, dinheiro suficiente para comprar metade de um carro.
Em 6 de Setembro de 1922, o Presidente Epitácio Pessoa, através do Decreto nº 15.671, oficializou o que já estava consagrado, a letra e a música do Hino Nacional Brasileiro. Em 1º de Outubro de 1936, o Presidente Getúlio Vargas, através da Lei nº 259, tornou obrigatória a execução do hino nos estabelecimentos de ensino públicos e privados e associações de fins educativos.Foi oficializado pela lei nº 5.700, de 1º de setembro de 1971 e publicada no Diário Oficial (suplemento) de 2 de setembro de 1971.
CHORINHO BRASILEIRO
Certa noite, ao entrar no meu
gabinete, vi, num mapa-mundi
que tenho na parede,
o nosso Brasil chorar:
O que houve, meu Brasil
brasileiro? _ perguntei-lhe!
E ele, espreguiçando-se em
seu berço esplêndido,
esparramado e verdejante
sobre a América do Sul,
respondeu chorando, com
suas lágrimas amazônicas:
_ Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...
Antes, os meus bosques tinham mais flores
e meus seios mais amores.
Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes.
O sol da liberdade era mais fúlgido
E brilhava no céu a todo instante.
Onde anda a liberdade,
onde estão os braços fortes?
Eu era a Pátria amada, idolatrada.
Havia paz no futuro e glórias no passado.
Nenhum filho meu fugia à luta.
Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo
era a mãe gentil.
E era gigante pela própria natureza
que hoje devastam e queimam,
sem nenhum homem de coragem
que às margens plácidas de algum riachinho
tenha a coragem de gritar mais alto
para libertar-me desses novos tiranos
que ousam roubar o verde louro
de minha flâmula.
E não suportando as chorosas
queixas do Brasil, saí de casa
e fui para o jardim.
Era noite e pude ver
a imagem do Cruzeiro
que resplandece no lábaro que
o nosso país ostenta estrelado.
Pensei...conseguiremos salvar
esse país sem braços fortes?
Pensei mais...quem nos
devolverá a grandeza
que a Pátria nos traz?
Voltei ao gabinete mas encontrei
o mapa silencioso e mudo,
como uma criança dormindo
em seu berço esplêndido.
Lá fora, nas ruas e praças, já estão sendo feitos
os preparativos para os comícios.
Quem salvará o Brasil? Perguntei a mim mesmo
como se tivesse a resposta...
Eu? Tu? Ele? Nós? Vós? Eles?
Ninguém isoladamente, certamente.
Talvez quem sabe,
numa nova conjugação?
Por favor, muito cuidado ao votar.
Esteja bastante consciente de sua escolha,
coloque acima de qualquer interesse
o amor por esta Pátria que precisa deixar de ser
um país do futuro para ser
a nossa realidade de hoje.
Autoria: Jocelia(14 anos)- Joinville/SC
(www.homemsonhador.com)
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