segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As Cantigas de Roda na Escola

As Cantigas de roda foram introduzidas no Brasil pelos portugueses, e difundidas como uma atividade típica de meninas. Durante muito tempo, as cantigas de roda ou brincadeiras de roda foram as principais atividades lúdicas de crianças, sendo largamente usada em todo o território brasileiro.
Ao longo dos anos, as cantigas de roda deixaram de fazer parte do repertório de brincadeiras das crianças, espaço esse ocupado pelos vídeo-games, jogos e brincadeiras que imitam os desenhos e programas assistidos pela televisão.
Entretanto, as cantigas de roda retornam aos círculos de brincadeiras infantis, numa valorização histórica na qual a escola tem sido uma forte parceira. Nesse processo de revitalização, as crianças aprendem a valorizar as relações interpessoais, o respeito mútuo, através da música.
A ludicidade é o ponto de partida no trabalho com as cantigas e músicas infantis, onde movimentos, tais como: dar as mãos em um círculo, ouvir, cantar, tocar, incentivam o desenvolvimento infantil, promovem a socialização, colaborando para a conscientização do espírito de grupo.
Na Educação Infantil a música ao ser trabalhada, valida a proposta das áreas do conhecimento Música e Movimento, atendendo aos Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil. Além disso, por atender as preferências das crianças dessa faixa etária, possibilita um aprendizado formal de maneira informal e prazerosa.
No Ensino Fundamental as cantigas de roda e músicas infantis, envolvem o aluno com os aspectos sociais e culturais pertinentes, favorecendo a ampliação do volume de escrita, dentre outras competências.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem uma articulação do ensino com a cultura popular na conquista dos objetivos previstos para cada área do conhecimento, situação que torna a atividade com cantigas de roda ainda mais significativa.
As crianças precisam ser estimuladas a expressar-se com liberdade, percebendo seu corpo, suas possibilidades e limitações, acompanhando com naturalidade seu timbre, a dinâmica, a duração e a altura dos sons emitidos na sua própria melodia.
Encontramos ainda, um trabalho corporal de coordenação global, e até mesmo uma representação cênica, à medida em que, toda a música conta uma história que tanto pode ser real, como parte de tantos sonhos que se tornam essenciais, visto que sonhar, fantasiar, construir utopias, representa liberar emoções e anseios, estado de espírito e experiências que, desde muito cedo, estão no inconsciente graças as imposições e limitações a que somos submetidos no dia-a-dia.
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Um comentário:

Rosangila R. Takemoto disse...

Texto ótimo!
Investir nas cantigas de roda é sempre um ganho.
Abraços